domingo, 11 de outubro de 2009

Entenda um pouco sobre a DOR

Afinal o que é Dor?


A dor é uma sensação muitto desagradável, que normalmente varia desde desconforto leve até um desconfroto mais severo.

A dor está normalmente associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e/ou emocional. É uma resposta que indica e/ou mostra que tem algo de errado com o organismo, é uma indicação que o indivíduo precisa se tratar.

Sendo assim a dor é uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais, e sso ocorre quando acontece algo de errado no organismo, quando o organismo perde a homeostasia.

Existe três tipos de estímulos que podem levar à geração dos potenciais de ação nos axônios.

- As variações mecânicas ou térmicas que irá ativar diretamente as terminações nervosas ou receptores.
- Os fatores químicos que são libertados na área da terminação nervosa, que incluem compostos presentes apenas em células íntegras, e que são libertados para o meio extra-celular
- Os fatores libertados pelas células inflamatórias como a bradicinina, a serotonina, a histamina e algumas enzimas.

A origem da Dor
A origem da dor pode ser central (Sistema nervoso central) ou periférica. Nesta última são encontradas alterações nos distintos subtipos de fibras nervosas, enquanto na dor central as alterações são mais complexas e envolvem vias aferentes, diferentes circuitos cerebrais e a modulação descendente. (Veja a figura)
A fisiologia da condução de um estímulo nervoso envolve quatro componentes funcionais, que podem transformar os sinais de entrada em liberação de neurotransmissores.

O primeiro componente funcional é um sinal de entrada (input) que, após fazer contato com um receptor dendrítico com suficiente intensidade, induz a geração de um potencial receptor, o que transforma um estímulo sensitivo doloroso em sinal elétrico local.
O segundo componente funcional é o sinal de integração. Como o potencial receptor local não pode por si gerar um potencial de ação, deve ser modificado por uma transmissão ativa adicional. Caso os
potenciais do receptor desenvolvam uma soma integrada suficientemente excitatória, será iniciado o potencial de ação. Caso não se gere esse potencial de ação, o sinal de entrada se dissipa sem que haja resposta perceptível.
O terceiro componente funcional da condução nervosa é a propagação continuada d potencial de ação para a medula espinhal. O axônio nervoso é o componente anatômico do sistema nervoso responsável pela propagação do potencial de ação. A lesão traumática do axônio é comum, devido à fia freqüentemente longa e tortuosa até a medula espinhal, que torna o axônio vulnerável a uma lesão.
O quarto componente funcional é a ascenção do estímulo às estruturas do sistema nervoso central. O corno dorsal é a região da medula espinhal cujo propósito principal é receber o estímulo aferente (que chega da região da lesão), modifica o sinal de entrada de acordo com as influências descendentes dos centros cerebrais superiores e liberar a
informação resultante aos centros cerebrais superiores para continuar o processo de compreensão da dor e do local de lesão.
Mesmo admitindo-se que a percepção da dor é igual em pessoas sadias, alguns fatores têm influência definida sobre o limiar de dor de cada indivíduo.
Estados emocionais - O limiar depende em grande parte da atitude do paciente frente ao procedimento do operador e ao ambiente. Em regra geral, pacientes emocionalmente instáveis têm baixos limiares. Pessoas muito preocupadas, mesmo que suas preocupações não estejam relacionadas com seu problema odontológico, tem seu limiar de dor diminuído.
Fadiga - É fator de grande importância para o limiar de dor. Os pacientes descansados e que tenham dormido bem antes de uma experiência desagradável têm um limiar de dor muito mais alto que outros, fatigados e com sono. É essencial que uma boa noite de sono preceda o tratamento.
Idade - Os adultos tendem a tolerar mais a dor, apresentando portanto limiar mais alto que os jovens e as crianças. Talvez a compreensão que experiências desagradáveis são parte da vida influam na pessoa. Nos casos de senilidade a percepção da dor pode apresentar-se alterada.
Raça - As raças que apresentam indivíduos mais emotivos como os latino-americanos e os europeus meridionais têm limiar mais baixo que os norte-americanos e europeus setentrionais.
Sexo - O homem tem limiar mais alto que a mulher. Isso talvez reflita o desejo do homem de manter sua impressão de superioridade, fazendo esforço maior para tolerar a dor.
Medo - O limiar diminui à medida que o temor aumenta. Os pacientes medrosos e apreensivos tendem a aumentar exageradamente sua expectativa negativa. Esses pacientes são hiperreativos e tornam a dor fora de proporção em relação ao estímulo que a causou. É essencial que o operador adquira a confiança do paciente para levar o tratamento a bom termo.

Entenda mais sobre a neurofisiologia da Dor com a Drª Shirley de Campos: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias.php?noticiaid=10508&assunto=Neurologia/Neuroci%C3%AAncias

Visite o site da Sociedade Brasileira da Dor: http://www.dor.org.br/index.asp

sábado, 10 de outubro de 2009

Saiu na Revista do Biomédico


Biomédica Coordena Banco de Sêmen!!!!

A Biomédica Juliana Ornelas é gestora em uma das principais Clínicas de Reprodução do país.
Saiu na Revista de Biomedicina edição 88!

A Reprodução Assistida aqui no Brasil está cada vez mais acessível a populçao em geral. O número de casais que procuram clínicas especializadas em Reprodução Assistida vem aumentando consideravelmente. Para os biomédicos é uma ótima área de atuação, em hospitais públicos.
Este tipo de tratamento, já feito gratuitamente no estado de São Paulo.
A Reprodução Assistida é um conjunto de técnicas, utilizadas por Biomédicos especializados, que tem como principal objetivo tentar viabilizar a gestação em mulheres com dificuldades de engravidar. Muitas vezes essas dificuldades, até mesmo a infertilidade do casal ou um de seus membros, podem trazer sérios prejuízos ao relacionamento conjugal, sendo assim extremamente fundamental esse tipo de tratamento para o casal.

Texto protegido por direitos autorias, NÃO COPIE, a reprodução deste texto é crime, lei do direito autoral!*

Experimentos com Animais de Laboratório

Animais de laboratório são exclusivamente usados em experiências científicas e teste, para comprovar a eficiência de produtos, tais como as vacinas, medicamentos ou outros tratamentos. Este, com certeza é um assunto que gera muita polêmica, mesmo sabendo que estes animais podem trazer muitos benefícios para toda a humanidade, existem muitas ONGs que lutam contra o uso destes animais em pesquisas Eles costumam a ter os seguintes argumentod: O que nos dá o direito de usar animais? Para muitos é evidente que existe um preconceito entre as espécies.

Devido a falta de informação, e a imagem que a mídia passa para o público em geral são sempre de cenas ruins, são estas imagens mostradas publicamente que despertam uma grande fúria para as associações protetora dos animais. Muitas ONGs acham completamente antiético colocar animais indefesos em um constante sofrimento, que foram roubados de seu meio natural para serem colocados em gaiolas, sendo usados para experimentos que muitas vezes são muito dolorosos e sem anestésico, pelo fato de tentar não interferir no resultado final.
Mas nos experimentos com animais não só levam a questões ruins, mas possuem seus aspéctos positivos em relação a ciência, principalmente para a medicina e a medicina veterinária. O grande avanço da fisiologia e da fisiopatologia que temos hoje, foi com certeza devido a experimentação com animais, e muitas inovações incorporadas aos cuidados em saúde humana poderiam não ter sido possíveis sem a prática com os animais de laboratório. São as pesquisas que trazem esperanças para os seres humanos. É evidente que essas pesquisas com animais trazem muitos benefícios para a população em geral.
De fato, os animais de laboratório devem ser usados sim, desde que obedeça as leis, pois realmente é necessário.
Na revista Galileu, maio de 2008, destaca a prática de animais sendo usados em pesquisa de cosméticos, nesta pesquisa era usado o coelho até a perda completa da visão, em 1980 o Jornal New York Times coloca em destaque uma página inteira com a frase: "Quantos coelhos a REVLON cega em nome da beleza?" Este artigo gerou muita polêmica, com certeza muitos não acham isso ético. Atualmente pesquisas na área de cosméticos não estão mais sendo feitas em animais.
Deixar animais sofrendo em nome da beleza, é completamente diferente, para a maior parte das pessoas, mas usar estes animais para aliviar o sofrimento humano e curar doenças é bem diferente.
Atualmente os experimentos estão sendo planejados para evitar estresse, dor ou sofrimento desnecessário aos animais. A escolha dos delineamentos experimentais deve selecionar aqueles que utilizam menor número de animais, que envolvem menor grau de sensibilidade neurofisiológica, ou seja, causam menor dor, sofrimento, estresse e prejuízos futuros.
É importante saber que em grande parte, os resultados da experimentação animal justificam a sua utilização em pesquisa. Assim, do ponto de vista ético, ainda que esses resultados não sejam significativos, a sua comunicação é crucial. Resultados válidos e precisos fornecem informações úteis para a decisão sobre os tratamentos que devem ser levados adiante em ensaios clínicos. Vários métodos já estão disponíveis para avaliar a importância da pesquisa com animais, e talvez, o melhor modo de produzir evidências seja a revisão sistemática dos estudos com animais.

Todos os produtos como medicamentos, alimentos e vacinas precisam ser testados para se verificar se eles são eficazes para o que se destina e se eles não possuem algum componente que possa prejudicar a saúde das pessoas. Os testes são feitos através de uma amostragem de lotes produzidos para que assim se possa diminuir ao máximo o número de animais utilizados, usando a ética.
O grande problema entre os defensores dos animais, é que a maioria deles querem o fim total das pesquisas feitas em animais. Para isso seria necessário a substituição dos animais por outras alternativas, como culturas celulares in vitro, modelos computadorizados, simuladores e até placenta humana. Esta polêmica não se baseia mais numa atitude meramente sentimental e caridosa em relação aos animais indefesos, luta-se contra a ciência ultrapassada, que ainda faz uso de animais em suas pesquisas.
Foto de Auriléia Britto
Mas não são todos os problemas que podem ser identificados com estudos in vitro, identificar se uma substância é cancerígena está completamente fora do alcance entre muitos outros estudos que necessariamente dependem do uso de animais.
Hoje, essa técnica de substituição de animais de laboratório é usada muitas vezes. Vários animais eram eutanasiados anualmente nas aulas de medicina, atualmente algumas universidades adotaram outro recurso, é o caso da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) está, desde 2002 a instituição de ensino usa ratos inteiramente de PVC e podem ser reutilizado milhares de vezes, este animal permite cerca de 25 técnicas diferentes de microcirurgia.
Os animais de laboratório são importantes, ainda dependemos deles, é impossível substituir eles. Pense nas milhões de mortes que foram evitadas graças a utilização de animais de experimentação. Tratamentos para hipertensão arterial, câncer, doenças de Parkinson e Alzheimer, doenças parasitárias e infecciosas, a grande descoberta das vacinas contra a pólio, sarampo, difteria, tétano, hepatite, febre amarela, anticoncepcionais, diuréticos e muitos outros, isso tudo é graças a esse tipo de pesquisa. Porém é difícil de dizer quem está com razão e o que vem a ser ética nas pesquisas.

*Texto de minha autoria: Angélica Martins Espinosa
Este texto está protegido por direitos autorais, portanto NÃO COPIE, a reprodução deste texto é crime! lei do direito autoral!!!*
Obs: As duas primeiras fotos são de autoria desconhecida

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Meu blog foi vítima de plágio!!


Existem verdadeiros Parasitas do meu Blog!!!

Bem, primeiramente gostaria de agradecer as pessoas que acompanham o meu blog, que dão críticas e sugestões. Graças a vocês meu blog está melhorando cada vez mais!!!

Mas já estão plagiando o meu blog, vários sites e blogs estão compiando textos que são de minha autoria e nem colocam referêcia! Um mocinho fez um blog exatamente como o meu, identico, uma verdareira cópia. Esse aí é um verdadeiro parasita pois se alimenta da minha criatividade!!!

O ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza contendo partes de uma obra ou até mesmo a obra inteira ( como foi meu caso ) que pertença a outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original é crime!!!


Lei do direito Autoral:
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

*Esse texto está protegido por direitos autorais, portanto, NÃO COPIE sem a minha permissão!*

Entenda mais sobre o direito autoral no site da Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_autoral

Ah, essa foto acima está sem autoria!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Biomedicina e Microbiologia Alimentar



A microbiologia alimentar estuda a ocorrência e a importância do aparecimento de bactérias nos alimentos. Os alimentos são um dos meios de transmissão de doenças, sendo hoje em dia um dos grandes problemas de saúde da nossa sociedade. A microbiologia alimentar executa análises a alimentos de origem animal para consumo humano e a alimentos para animais com a finalidade de avaliar a qualidade higio-sanitária dos géneros alimentícios.

Fatores que afetam o desenvolvimento microbiano em alimentos
-Fatores Intrínsecos;
-Atividade de Água;
-pH;
-Potencial de Oxidorredução;
-Composição do alimento;
-Fatores Extrínsecos;
-Temperatura;
-Atmosfera envolvendo o alimento;
-Umidade relativa do ambiente


Aplicações Biotecnológicas de microrganismos:
1.Produção de proteína unicelular
2.Produção de inseticidas
3.Produção de vacinas
4.Produção de antibióticos
5.Produção de etanol
6.Produção de ácidos orgânicos: ácido acético (vinagre); ácido lático; ácido propiônico; ácido
cítrico; ácido glucônico
7.Produção de aminoácidos - lisina, ácido glutâmico
8.Produção de enzimas
9.Produção de solventes
10.Produção de polissacarídeos
11.Produção de lipídeos
12.Produção de alimentos por fermentação lática : picles, azeitona, queijo, chucrute, iogurte




Tipos de Tratamentos para Conservação de Alimentos
Os processos de conservação têm por objetivo evitar as alterações nos alimentos, sejam elas de origem microbiana, enzimática, física ou química. Os tipos de tratamento existentes são:
Conservação pelo calor;Conservação pelo frio; Conservação pelo controle da umidade; Conservação pela adição de um soluto; Conservação por defumação;Conservação por fermentação;Conservação pela adição de aditivos; Conservação pelo uso da irradiação.

Alimentos Transgênicos


Alimentos Transgênicos são alimentos cuja semente foi modificada em laboratório. Alguns dos motivos de modificação destas sementes são para que as plantas possam resistir às pragas, insetos e a grandes quantidades de inseticidas.
Esses alimentos podem causar riscos ambientais, nomeadamente o aparecimento de ervas daninhas resistentes a herbicidas e a poluição dos terrenos e lençóis de água pelo abuso de agrotóxicos. Porém, deve-se ressaltar que o uso de herbicidas, inseticidas e outros agrotóxicos diminui imensamente com o uso dos transgêncos, já que eles tornam possível o uso de produtos químicos corretos para o problema. Uma lavoura convencional de soja pode utilizar até 5 aplicações de herbicida, enquanto que uma lavoura transgênica Roundup Ready (resistência ao herbicida glifosato) utiliza apenas 1 aplicação.

Biomédicos Sanitaristas


Sobre a Vigilânia Sanitária

Vigilância Sanitária é um conjunto de medidas que têm como objetivo elaborar, controlar e fiscalizar o cumprimento de normas e padrões de interesse sanitário. Estas medidas se aplicam a medicamentos e correspondentes, cosméticos, alimentos, saneantes e equipamentos e serviços de assistência à saúde. As normas da Vigilância Sanitária também se referem a outras substâncias, materiais, serviços ou situações que possam, mesmo potencialmente, representar risco à saúde coletiva da população.
A Vigilância Sanitária é uma atividade multidisciplinar que regulamenta e controla a fabricação, produção, transporte, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos e a prestação de serviços de interesse da Saúde Pública. Iinstrumentos legais, como notificações e multas, são usados para punir e reprimir práticas que coloquem em risco a saúde dos cidadãos.Importância da Vigilância Sanitária
A Vigilância Sanitária é importante à medida em que fiscaliza e protege a população das situações de risco extremo a que a saúde individual, coletiva e ambiental são expostas.


Exemplos de riscos sanitários:
-Iogurte com quantidades excessivas de amido;
-Paciente que recebe sangue através de transfusão e adquire Sífilis, Hepatite, Doença de Chagas ou AIDS;
-Medicamentos ou associações medicamentosas ineficazes ou contraditórias comercializadas livremente;
-Xampus infantis analisados pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde) podem causar inflamação ocular ou mesmo a cegueira, em 1988; Legislação sanitária

O direito do consumidor quanto à saúde passa, necessariamente, por quatro pontos fundamentais:

- direito de consumir produtos e serviços suficientes para manter sua sobrevida;
-direito de consumir produtos e serviços com boa qualidade sanitária;
-direito á informação sobre a qualidade dos produtos e serviços
-direito de acesso aos serviços públicos que atuam na defesa e proteção da saúde do consumidor.

Leis, Decretos, Portarias, Instruções Normativas visam regulamentar todas as etapas envolvidas na disponibilização ao consumos de bens, produtos e serviços de interesse sanitário.

A legislação configura as infrações sanitárias, prevendo inquéritos e sanções respectivas como:

-Advertência;
-Multa;
-Apreensão do produto;
-Inutilização do produto;
-Interdição do produto;
-Suspensão de venda do produto;
-Suspensão da fabricação do produto;
-Cancelamento do registro do produto;
-Proibição de propaganda;
-Cancelamento da autorização de funcionamento da empresa;
-Imposição de contrapropaganda;
-Interdição total ou parcial do estabelecimento.


Fatores de risco
Os fatores de risco são entendidos como os componentes críticos dos acontecimentos, fatos ou coisas que colocam ou possam vir a colocar em risco a saúde dos indivíduos da coletividade. Estes fatores de risco acarretam demanda dos serviços de saúde, mortes, sofrimento, baixa produtividade e prejuízos econômicos.
Hoje identificam-se 70 fenômenos que contêm componentes críticos que se constituem em fatores de risco à saúde e que são monitorados na rotina da Vigilância Sanitária. Entre eles estão as condições, produtos, elementos, serviços, meios e origens dos produtos e serviços consumidos pela população.

Biomedicina e Saúde Pública

A Saúde Pública

A saúde pública centra sua ação a partir da ética do Estado com os interesses que ele representa nas distintas formas de organização social e política das populações. Na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objectivo de organizar sistemas e serviços de saúde, actuar em factores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais. Não deve ser confundida com o conceito mais alto de saúde coletiva.



Saúde Coletiva

O objeto de investigação e práticas da Saúde Coletiva compreende as seguintes dimensões:
O Estado de saúde da população ou condições de saúde de grupos populacionais específicos e tendências gerais do ponto de vista epidemiológico, demográfico, sócio-econômico e cultural.
Os Serviços de saúde, enquanto instituições de diferentes níveis de complexidade (do posto de saúde ao hospital especializado), abrangendo o estudo do processo de trabalho em saúde, a formulação e implementação de políticas de saúde, bem como a avaliação de planos, programas e tecnologia utilizada na atenção à saúde;
O Saber sobre a saúde, incluindo investigações históricas, sociológicas, antropológicas e epistemológicas sobre a produção de conhecimentos neste campo e sobre as relações entre o saber "científico" e as concepções e práticas populares de saúde, influenciadas pelas tradições, crenças e cultura de modo geral.
Saúde Pública no Brasil
O estudo da Saúde Pública no Brasil necessáriamente passa por uma série de nomes e instituições como Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e o Instituto Manguinhos ou Vital Brazil e o Instituto Butantã e Adolfo Lutz e o Instituto que leva o seu nome. Instituições que se mantêm até hoje como ilhas de competência do poder público na construção de um sistema de saúde de natureza pública e eqüitativo, no Brasil, o SUS - Sistema Único de Saúde capaz de dar conta das ações de saúde tanto no âmbito da atenção primária e da promoção da saúde como nas ações curativas e necessárias à reabilitação (níveis secundário e terciário da atenção em saúde).

Histologia Humana


Histolgia, o que é??

É o estudo dos tecidos biológicos, sua formação, estrutura e função.
Métodos de estudo dos tecidos biológicos:

A observação de tecidos ao microscópio óptico é feita por transparência. É necessário que o tecido seja submetido a cortes finíssimos, através da sua inclusão num bloco de parafina, para ser cortado num micrótomo. Depois de cortado, retirada a parafina e colocado numa lâmina, o corte é fixado (para não se deteriorar) e corado. É comum a utilização de corantes que destacam determinadas partes das células (como o azul de metileno). Essas lâminas então podem ser finalmente observadas ao microscópio óptico. Esses métodos histológicos são geralmente utilizados para a observação de tecidos animais.
Os desenvolvimentos recentes na área da microscopia electrónica, a imunofluorescência e o corte por congelação permitiram um enorme avanço nesse ramo científico. Com essas novas técnicas, a aparência dos tecidos pode ser examinada, permitindo a comparação entre tecidos saudáveis e doentes, o que é bastante importante para a eficiência dos diagnósticos e prognósticos clínicos.

Principais tipos de tecidos:



-Tecido epitelial
Especializado em revestimento interno e externo do organismo, bem como constituir glândulas produtoras de secreções.
Portanto, costuma-se falar em epitélio de revestimento e epitélio glandular.

Epitélio de revestimento
Tem como função revestir e proteger superfícies externas.
Principal característica: as células epiteliais são extremamente unidas e aderidas umas às outras, o que faz com que esse tecido apresente grande resistência.
Possuí desmossomos.
Existem três tipos de epitélio de revestimento:
1- Simples ou uniestratificado
Com uma camada de células e está relacionado com absorção/secreção.
2- Estratificado ou pluriestratificado
Com mais de uma camada de células e está relacionado com proteção.
3- Pseudo-estratificado
Possui apenas uma camada celular, dando a impressão de várias camadas, mas suas células têm tamanhos diferentes e suas posições estão invertidas alternadamente.

Especializações da membrana
São adaptações que as células do tecido epitelial simples desenvolveram para facilitar sua função.
Microvilosidades estão presentes no tecido epitelial, assim como os cílios.

Epitélio glandular
São os epitélios que formam as glândulas, que são conjuntos de células especializadas em fabricar e eliminar secreções.

-Tecido conjuntivo
Sua principal característica é possuir células variadas, com grande quantidade de material intercelular. Origina-se do mesoderma intra-embrionário.
O material extracelular é chamado substância intersticial ou substância fundamental amorfa ou matriz extracelular.
Existem diferenças entre os tipos de células que constituem o tecido e também há diferenças no tipo de material extracelular que elas produzem.
Como existem inúmeras diferenças nos padrões celulares, o tecido conjuntivo pode desempenhar funções diversas também: preenchimento, sustentação, transporte, armazenamento, reparação, defesa e nutrição.

- Tecido muscular
Tem como função a movimentaçã0, batimento cardíaco, pulsar de uma artéria, contração uterina e movimento peristático, entre outros.
Sua principal característica é a presença de células alongadas e contráteis.
Tem como fisiologia de contração a participação de microfibrilas protéicas.
É de alto consumo energético, portanto são células com uma quantidade maior de mitocôndrias.
Os tipos de tecido muscular são: estriado esquelético, estriado cardíaco e visceral liso.


-Tecido Nervoso
O tecido nervoso é constituído por células excitáveis altamente especializadas capazes de transmitir estímulos elétricos ou químicos, os impulsos nervosos, devido a uma série de modificações de caráter eletroquímico em sua membrana plasmática.
As células que formam o tecido nervoso têm morfologia diferenciada, segundo a fisiologia de cada uma:
Neurônios
Células da glia ou neuróglias

sábado, 27 de junho de 2009

Biomédicos Imaginologistas


Uma das grandes áreas de atuação do biomédico é a de diagnóstico por imagem e radiologia médica.
São áreas promissoras, nas quais o biomédico pode atuar fazendo vários examos como: mamografia, ultra- sonografia, medicina nuclear entre muitos outros exames.
Nesta área o biomédico é excluído de laudos.


Entre as tecnologias mais comumente utilizadas tem-se:
-Radiografia
-Mamografia
-Ultrassonografia
-Tomografia computadorizada
-Ressonância magnética
-Radiologia Intervencionista
-Angiografia
-Densitometria Óssea
-Tomografia por emissão de positrões



História da Radiologia no Brasil
A primeira radiografia a ser feito no Brasil foi em 1986. A primazia é disputada por vários pesquisadores. Como a história não relata dia e mês conclui-se que as diferenças cronológicas sejam muito pequenas. Esses pesquisadores pioneiros no Brasil são Silva Ramos em São Paulo; Alfredo Brito na Bahia; Francisco Pereira Neves no Rio de Janeiro e Físicos do Pará.
Primeiro Aparelho de Raio-X instalado no interior do país
Dr. José Carlos Ferreira Pires foi o primeiro médico a instalar um aparelho de Raios-X no interior do Brasil, na cidade de Formiga, Minas Gerais, a 600 km do Rio de Janeiro. Este aparelho se encontra hoje em Chicago, no Museu de Cirurgia.
Colégio Brasileiro de Radiologia
Fundado em 15 de setembro de 1948, em São Paulo, durante a realização da primeira Jornada
Brasileira de Radiologia. Nas fotos abaixo, Rafael de Barros, primeiro professor de radiologia de São Paulo e José Maria Cabello Campos, primeiro presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia.

Medicina Nuclear

A Medicina Nuclear é uma especialidade médica relacionada à Imagiologia que se ocupa das técnicas de imagem, diagnóstico e terapêutica utilizando partículas ou nuclídeos radioactivos.
"A Medicina Nuclear está para a Fisiologia como a Radiologia para a Anatomia". A Medicina Nuclear permite observar o estado fisiológico dos tecidos de forma não invasiva, através da marcação de moléculas participantes nesses processos fisiológicos com isótopos radioactivos. Estes, denunciam sua localização com a emissão de particulas detectáveis, sob a forma de raios gama (fóton). A detecção localizada de muitos fótons gama com uma camara gama
permite formar imagens ou filmes que informem acerca do estado funcional dos órgãos. A maioria das técnicas usa ligações covalentes ou iónicas entre os elementos radioactivos e as substâncias alvo, mas hoje já existem marcadores mais sofisticados, como o uso de anticorpos especificos para determinada proteína, marcados radioactivamente. A emissão de particulas beta ou alfa, que possuem alta energia, pode ser útil do ponto de vista terapeutico, para destruir células ou estruturas indesejáveis.
Centros de Medicina Nuclear existem em regra apenas nos hospitais centrais, ou em clínicas privadas.

Biomedicina e Reprodução Humana



De acordo com o conselho regional de biomedicina da 1ª região, o Biomédico desta área atua na Identificação e Classificação oocitária; Processamento Seminal; Espermograma; Criopreservação Seminal; Classificação embrionária; Criopreservação Embrionária; Biópsia Embrionária; Hatching; Realiza a manipulação de gametas (oócitos e espermatozóides) e pré-embriões.

As principais técnicas utilizadas atualmente para a Reprodução Humana Assistida são:
• Inseminação intra-uterina.
• Indução de ovulação.
• Fertilização “in vitro”.
• ICSI


Fertilização "in vitro"

É realizada na 35ª hora da aplicação do hCG, uma punção com ultra-som transvaginal com auxilio de anestesia para captura dos óvulos. Esses são levados ao laboratório e inseminados in vitro com os espermatozóides previamente preparados, com ou sem a utilização de injeção dos espermatozóides nos óvulos (ICSI). Após 3 a 5 dias, os embriões são colocados dentro do útero por meio de um cateter flexível.

ICSI

A técnica de micromanipulação, desenvolvida há poucos anos, revolucionou o tratamento dos casais em que o homem apresenta alterações severas no esperma ou a mulher, com defeitos no óvulo que não permitam a fertilização pelo espermatozóide.
Através de microscópios especiais e micromanipuladores, um único espermatozóide é injetado dentro de um óvulo através de uma agulha cerca de sete vezes mais fina do que um fio de cabelo (ICSI).
Esta técnica é usada não apenas para aqueles homens com baixo número ou qualidade dos espermatozóides, mas também para aqueles que não possuem nenhum espermatozóide no sêmen, ou para aqueles que são vasectonizados.
Nestes casos, o espermatozóide é recuperado do epidídimo (um canal logo após a saída do testículo) ou mesmo do testículo através de uma biópsia.
Caso o óvulo seja fertilizado, o embrião formado é transferido para dentro do útero. O processo de estimulação da ovulação e captação dos óvulos é feito de maneira semelhante ao da fertilização "in vitro".

Biomédicos Virologistas

Virologia é o estudo dos vírus e suas propriedades. Essencialmente, os vírus são “ácido nucléico envolvido por um pacote protéico”, inertes no ambiente extracelular, somente sendo capazes de reproduzir-se dentro da célula hospedeira.

O que Biomédicos Virologistas fazem???

-Classificam a viral
-Estudam a replicação viral
-Patogênese viral
-Imunologia viral
-Produzem, descobrem e estudam vacinas virais
-Terapias virais
-Métodos de diagnósticos
-Quimioterapia antiviral
-Medidas para controlo de infecções
-Epidemias de vírus, etc.
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A definição do que venha a ser um vírus passa também pelo debate do que é ou não vida. Um vírus é totalmente inerte fora da sua célula hospedeira, chegando inclusive a formar cristais, como um mineral. Além disso, depende 100% da maquinaria celular para seu metabolismo, sendo ALTAMENTE específicos para o tipo celular para o qual atuam. Em essencia, um vírus é um ácido nucleico cercado por proteínas que o protegem (o capsídeo). O conjunto capsídeo + ac. nucleico = nucleocapsídeo.Outras estruturas compõem o vírus, como as espículas - estruturas glicoproteicas que ajudam na fixação do vírus a célula hospedeira - e o tegumento - proteínas da matriz (celular?), ficam no espaço entre o capsídeo e o envelope e ajudam a manter a estrutura viral.O capsídeo tem como unidades estruturais os capsômeros, aglomerados polipeptídeos. Pela economia genética que os vírus têm (pouco material genético), poucas proteínas realmente entrarão no arranjo dessa estrutura de revestimento. Do ponto de vista de simetria, temos que os vírus podem se apresentar como helicoidais, cúbicos ou complexos.Os vírus com capsídeo cúbico (como os adenovírus) são em sua maioria icosaédricos (20 lados)- cada lado um triângulo equilátero. Podem ou não estar associados a um invólucro lipídico. A formação do capsídeo nestes vírus é, de certa forma, independente da formação do material genético, tanto é que podem ser encontradas cápsulas vazias - sem DNA ou RNA.As partículas virais do tipo helicoidal tem esse aspecto porque os capsômeros estão intrinsicamente ligados ao material genético, seguindo o seu formato - uma hélice.

O Material Genético

Os vírus só apresentam um tipo de material genético - DNA ou RNA (a exceção dos citomegalovírus que tem DNA e um RNAm), que podem ser duplos ou simples, linear ou circular, segmentado ou não. O tipo e o peso deste material genético é o principal critério para classificar os vírus em suas diversas famílias.
Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm DNA ou vírus que contêm RNA.
Vírus de DNA: Parvovírus, Papovírus, Adenovírus, Herpesvírus, Poxvírus, Hepadnavírus.
Vírus de RNA: Picornavírus, Calicivírus, Reovírus, Arbovírus, Togavírus, Flavivírus, Arenavírus, Coronavírus, Retrovírus, Bunyavírus, Ortomixovírus, Paramixovírus, Rabdovírus, viróides e outros.Outros conceitos:
Viróide: vírus sem capsídeo, com apenas uma molécula de RNA circular.
Virusóide: vírus que para atuarem patogenicamente precisam da atuação de um outro vírus, como o vírus da hepatite D que precisa do vírus da hepatite B.

domingo, 21 de junho de 2009

Hematologia


Hematologia é o ramo da biologia que estuda o sangue. A palavra é composta pelos radicais gregos: Haima (de haimatos), "sangue" e lógos, "estudo, tratado, discurso".
A Hematologia estuda os elementos figurados do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Estuda, também, a produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos (órgãos hematopoiéticos): medula óssea, baço e linfonodos.
Além de estudar o estado de normalidade dos elementos sangüíneos e dos órgãos hematopoiéticos, estuda as doenças a eles relacionadas.

Doenças hematológicas:

Anemias:
-anemia ferropriva
-anemia megaloblástica
-anemia perniciosa
-anemia aplástica
-anemia de Fanconi
-anemia hemolítica, entre outras.



Hemoglobinopatia:
-doença falciforme
-talassemias
-hemoglobinopatia
-hemoglobinopatia SC, entre outras.

Coagulopatias:
-púrpura trombocitopênica imunológica (PTI)
-púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
-coagulação intravascular disseminada (CIVD)
-hemofilias
-doença de von Willebrand
-trombastenia de Glanzmann
-trombofilias, entre outras.


Doenças hematológicas clonais:
-hemoglobinúria paroxística noturna (HPN)
-linfomas


Leucemias:
-leucemia mielóide aguda (LMA)
-leucemia mielóide crônica (LMC)
-leucemia linfóide aguda (LLA)
-leucemia linfóide crônica (LLC)
-leucemia aguda bifenotípica
-mieloma múltiplo, plasmocitoma
-síndromes mielodisplásicas
-policitemia vera, trombocitemia essencial, mielofibrose idiopática, entre outras.


Exames Laboratoriais que o Biomédico pode fazer:
-Hemograma
-Mielograma
-Velocidade de hemossedimentação (VHS)
-Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA)
-Tempo de protrombina
-Fibrinogênio
-Dímeros-D
-dosagens de fatores de coagulação, entre outros.

Anatomia Patológica e Patologia


Anatomia patológica é um ramo da patologia que lida com o diagnóstico das doenças baseado no exame macroscópico de peças cirúrgicas e microscópicos para o exame de células e tecidos.
O médico especialista em Anatomia Patológica é o patologista. O patologista tem ampla atuação na ciência médica. Existem patologistas dedicados preferencialmente ao desenvolvimento científico, geralmente através da patologia experimental. Outros atuam preferencialmente na sala de autópsia, no estudo da história natural das doenças. Aqueles que se dedicam preferencialmente à patologia diagnóstica são denominados patologistas cirúrgicos.

No Brasil, por determinação da AMB (Associação Médica Brasileira), a patologia é exercida através de uma pós-gradução do curso de biomedicina e medicina.

Divisões da Patologia

Tradicionalmente, o estudo da patologia é dividido em:

Patologia Geral
Está envolvida com as reações básicas das células e tecidos a estímulos anormais provocados pelas doenças.

Patologia Especial
Examina as respostas específicas de órgãos especializados e tecidos a estímulos mais ou menos bem definidos.


Todas as doeças têm causa (ou causas) que age(m) por determinados mecanismos, os quais produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam em alterações funcionais do organismo ou parte dele, produzindo subjetivas(sintomas) o objetivas(sinais).
A patologia engloba áreas diferentes como:

Etiologia
Estuda as causa das doenças.

Patogenia
É o processo de eventos do estímulo inicial até a expressão morfológica da doença.

Alterações Morfológicas
As alterações morfológicas, que são as alterações estruturais em células e tecidos características da doença ou diagnósticas dos processos etiológicos. É o que pode ser visualizado macro ou microscópicamente.

Fisiopatologia
Estuda os distúrbios funcionais e significado clínico. A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos diferentes tecidos influenciam o funcionamento normal e determinam as características clínicas, o curso e também o prognóstico da doença.
O estudo dos sinais e sintomas das doenças é objeto da Propedêutica ou Semiologia, que têm por finalidade fazer seu diagnóstico, a apartir do qual se estabelecem o prognóstico, a terapêutica e a profilaxia.

sábado, 20 de junho de 2009

Embriologia


Biomédicos na Embriologia
A embriologia é a ciência que estuda a formação dos complexos órgãos e sistemas de um animal, a partir de uma única célula indiferenciada. Faz parte da biologia do desenvolvimento. Considerando-se o desenvolvimento humano, este desenvolvimento inicia-se pela fecundação, gerando o zigoto ou ovo, que passará por três fases sucessivamente: mórula, blástula e gástrula.




Fases da fertilização


O espermatozóide passa pela corona radiata formada pelas células foliculares. A dispersão destas células resulta principalmente da ação de enzimas, em especial a hialuronidase, liberadas do acrossoma do espermatozóide;O espermatozóide penetra na zona pelúcida seguindo o caminho formado por outras enzimas liberadas do acrossoma; A cabeça do espermatozóide entra em contato com a superfície do ovócito e as membranas plasmáticas de ambas as células se fundem. As membranas rompem-se na área de fusão, criando um defeito através do qual o espermatozóide pode penetrar no ovócito;O ovócito reage ao contato com o espermatozóide de duas maneiras:

• a zona pelúcida e a membrana plasmática do ovócito se alteram de modo a impedir a entrada a outros espermatozóides;

• o ovócito completa a segunda divisão meiótica liberando o segundo corpo polar;Os pronúcleos masculinos e femininos aproximam-se um do outro, perdem suas membranas nucleares e se fundem formando uma nova célula diplóide, o zigoto.


A Clivagem do Zigoto

A clivagem do zigoto consiste em repetidas divisões do zigoto. A divisão mitótica do zigoto em duas células-filhas chamadas blastômeros, começa poucos dias depois da fertilização.Por volta do terceiro dia, uma bola sólida de dezesseis ou mais blastômeros está constituída a mórula. A mórula cai no útero; entre suas células penetra um líquido proveniente da cavidade uterina. Com o aumento do líquido há a separação das células em duas partes: camada externa: trofoblasto;grupo de células centrais: massa celular interna e a camada interna - embrioblasto.No quarto dia os espaços repletos de líquidos fundem-se para formar um único e grande espaço conhecido como cavidade blastocística, o que converte a mórula em um blastocisto.No quinto dia a zona pelúcida degenera e desaparece, o blastocisto prende ao epitélio do endométrio em torno do sexto dia, geralmente pelo pólo embrionário. Com o progresso da invasão do trofoblasto este forma duas camadas:um citotrofoblasto interno (trofoblasto celular);sinciciotrofoblasto externo - produzem substâncias que invadem o tecido materno, permitindo que blastocisto penetre no endométrio.Ao final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio, nutrindo-se do sangue materno e dos tecidos endometriais erudidos.No oitavo dia, células migram do hipoblasto e formam uma fina membrana exoceloma que envolve a cavidade exocelômica, formando o saco vitelino primário.Nono dia: espaços isolados ou lacunas aparecem no sinciciotrofoblasto, que logo é preenchido por uma mistura de sangue dos capilares maternos rompidos e secreções das glândulas endometriais erodidas. Algumas células, provavelmente provenientes do hipoblasto, dão origem ao mesoderma extra-embrionário, uma camada de tecido mesenquimal frouxo em torno do âmnio e do saco vitelínico primário.No décimo dia, o blastocisto implanta-se lentamente no endométrio.Por volta do décimo dia são visíveis espaços isolados no interior do mesoderma extra-embrionário, estes espaços fundem-se rapidamente para formar grandes cavidades isoladas de celoma extra-embrionário.Pelo décimo primeiro dia as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes se fundiram para formar redes lacunares intercomunicantes. Com a formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho resultando num saco vitelino secundário menor.No décimo segundo dia o sangue materno infiltra-se nas redes lacunares e logo começa a fluir através do sistema lacunar, estabelecendo uma circulação útero-placentário primitiva.Enquanto a cavidade amniótica aumenta, forma-se a partir de amnioblastos que se diferencia de células citotrofoblásticas, uma membrana fina, o âmnio.No décimo terceiro dia a superfície endometrial se degenera e recobre o coágulo. Ocorre a implantação intersticial.Enquanto a cavidade amniótica vai sendo formada, acontece na massa celular interna mudanças internas que vão resultar na formação de um disco embrionário achatado e essencialmente circular, composto por duas camadas: o epiblasto formado por células colunares altas voltadas para a cavidade amniótica, e hipoblasto, formado por pequenas células cubóides voltadas para a cavidade blastocística.No décimo quarto dia forma-se o mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto que constituem o córion. Forma-se as vilosidades coriônicas primárias.Surge um espessamento no hipoblasto chamada placa pré-cordal (futura região cranial do embrião e boca, ou seja, organizador da cabeça).

Assista um vídeo sobre o desenvolvimento embrionário: http://video.google.com/videoplay?docid=-9015107032912821400

Biomedicina e Imunologia


Imunologia é a ciência que estuda o sistema imunitário (ou imunológico). Estuda o funcionamento fisiológico do sistema imune de um indivíduo no estado sadio ou não, mal funcionamento do sistema imune em casos de doenças imunológicas, características físicas, químicas e fisiológicas dos componentes do sistema imune in vitro, in situ e in vivo.

Conceito:

As células responsáveis pela imunidade são os fagócitos e os linfócitos. Os linfócitos podem apresentar-se como linfócitos T ou linfócitos B (estes são responsáveis pela produção de anticorpos), as células T citotóxicas (CD8) destroem células infectadas por vírus e os linfócitos T auxiliares (CD4) coordenam as respostas imunes. Além das defesas internas existem também defesas externas (Ex: pele – barreira física, ácidos gordos e comensais). As defesas externas são a primeira barreira contra muitos organismos agressores. No entanto, muitos conseguem penetrar, activando assim as defesas internas do organismo. O sistema imune pode sofrer um desequilíbrio que se apresenta como imunodeficiência, hipersensibilidade ou doença auto-imune.
As respostas imunes podem ser adaptativas ou inatas: as respostas adaptativas reagem melhor cada vez que encontram um determinado patógeno e a resposta inata, ao contrário da adaptativa, sempre dá a mesma resposta mesmo quando é exposta várias vezes ao patógeno. Os fagócitos coordenam as respostas inatas e os linfócitos coordenam as respostas imunes adaptativas.
Os principais componentes do sistema imune são as células T, células B, linfócitos grandes granulares (células NK), fagócitos mononucleares (monócitos), neutrófilos, eosinófilos, basófilos, mastócitos (denominação dos basófilos infudidos nos tecidos), plaquetas e células teciduais.
Os linfócitos T e B são responsáveis pelo reconhecimento específico dos antigénios. Cada célula B está geneticamente programada para codificar um receptor de superfície específico para um determinado antígeno, os linfócitos T constituem várias subpopulações diferentes com uma variedade de funções.
As células citotóxicas reconhecem e destroem outras células que se tornaram infectadas. Essas células são: Ta¹, Ta², Tc e LGG. As células auxiliares que controlam a inflamação são: basófilos, mastócitos e plaquetas. Os basófilos e mastócitos possuem granulosidades no seu citoplasma e uma série de mediadores que provocam inflamação nos tecidos circundantes. As plaquetas também podem liberar mediadores inflamatórios quando activadas durante a trombogénese ou por complexos antígeno-anticorpo.
As moléculas envolvidas no desenvolvimento da resposta imune compreendem os anticorpos e as citosinas, produzidas pelos linfócitos, e uma ampla variedade de outras moléculas conhecidas como proteínas de fase aguda, porque as suas concentrações séricas elevam-se rapidamente durante a infecção. As moléculas que promovem a fagocitose são conhecidas como opsoninas.
O sistema complementar é um conjunto de aproximadamente 20 proteína séricacieínas séricas cuja principal função é o controle do processo inflamatório. As proteínas deste sistema promovem a fagocitose, controlam a inflamação e interagem com os anticorpos na resposta imune.
As citosinas são moléculas diversas que fornecem sinais para os linfócitos, fagócitos e outras células do organismo. Todas as citosinas são proteínas ou péptidos, algumas contendo glicoproteínas.
Os principais grupos de citosinas são: Interferons (IFNs) (limitam a propagação de certas infecções virais), Interleucinas (ILs) (a maioria delas está envolvida na indução de divisão e diferenciação de outras células), Fatores estimuladores de colónias (CSFs) (divisão e diferenciação das células tronco na medula óssea e dos precursores dos leucócitos sangüíneos), Quimiocinas (direcciona a movimentação das células pelo organismo) e outras citosinas (são particularmente importantes nas reacções inflamatórias e citotóxicas).


A figura ao lado mostra o processo de inflamação. Neutrófilos saem dos vasos sanguíneos onde estão junto com os eritrócitos e migram para a área inflamada por meio da quimitaxia. Chegando na área onde o tecidos e/ou célula está em contaco com um micro-organismo patogênico ou algum corpo estranho. Após a migração, vai ocorrer a fagocitose do micro-organismo ou do corpo estranho, então vai ocorrer a degradação deste.




Para saber mais sobre imunologia: http://ioh.medstudents.com.br/

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bioquímica


Área em que o Biomédico analisa o metabolismo de seres animais de vegetais, verificando a composição química das substâncias neles presentes

O que é a Bioquímica?

Todos os sistemas vivos, do mais simples ao mais complexo, dependem de reacções químicas fundamentais à sua sobrevivência. Os organismos crescem e reproduzem-se através da multiplicação celular, mas de onde provêm os constituintes das células? Como os nutrientes absorvidos por um organismo são transformados em tecidos tão diversificados, como músculos ou o sangue? E como podem organismos tão pequenos como uma única célula ter uma vida independente?
As respostas a estas questões estão na base do desenvolvimento da Bioquímica. A Bioquímica pode ser definida como o estudo da química de organismos vivos e da química relacionada com estes. Forma uma ponte entre a Biologia e a Química pois estuda como complexas reacções e estruturas químicas originam vida e processos relacionados com a vida. É considerada por vezes um ramo híbrido da Química Orgânica, especializado nos processos químicos que ocorrem nos organismos vivos, mas na realidade a Bioquímica não pode ser considerada um ramo de apenas a Biologia ou da Química - a Bioquímica incorpora todas as interacções existentes da menor molécula biológica à maior célula existente.
De uma forma essencial, a Bioquímica estuda a estrutura e função de componentes celulares (como enzimas e organelos) e os processos efectuados por moléculas de diferentes dimensões, como as proteínas, ácidos nucleicos, glícidos e lípidos, entre outros. Segundo a teoria da evolução, os organismos existentes na actualidade descendem de um antepassado comum, explicando a semelhança dos processos bioquímicos existentes em todos os organismos vivos.
Posto de forma simples, a Bioquímica é a Química da Vid

Métodos de estudo
Um dos métodos de estudo mais empregues em Bioquímica é a aproximação reducionista a um problema. É usual fazer-se a purificação de componentes dos sistemas vivos, como proteínas, para estudar as suas propriedades de forma isolada. Esta aproximação é muito útil para o conhecimento profundo de aspectos estruturais e funcionais dos componentes dos sistema vivos, mas tem a desvantagem de impedir o estudo de interacções que ocorram in vivo: numa célula, nenhum componente se encontra isolado. Por isso, também existem métodos de estudo holísticos, que tentam determinar as propriedades de um sistema como um todo; um exemplo é o estudo do comportamento de vias metabólicas inteiras, em vez de estudar cada enzima que delas fazem parte.
A Bioquímica é uma ciência essencialmente experimental, mas com o desenvolvimento de mais e melhores ferramentas computacionais e matemáticas, existe também uma grande área de investigação bioinformática associada. Algumas das aplicações mais populares incluem a previsão de interacção entre proteínas, a modelação da sua estrutura tridimensional, a comparação de sequências proteicas e nucleotídicas e a aplicação de modelos estatísticos a amostras reais.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Banco de Sangue


O que é feito em um Banco de Sangue?

Todos os componentes sanguíneos utilizados são submetidos a uma rigorosa triagem sorológica, com testes de última geração para detecção de sífilis, doença de Chagas, hepatites B e C, AIDS, HTLV - I/II, etc. Os serviços hemoterápicos que realizamos compreendem as transfusões de sangue total e seus componentes, como concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado, e os serviços imunohematológicos compreendem as tipagens sangüíneas, pesquisas de anticorpos antieritrocitários, identificação desses anticorpos, provas de compatibilidade pré-transfusionais, etc. Todos os procedimentos mencionados são realizados por profissionais altamente capacitados e constantemente atualizados em suas funções, com equipamentos de última geração e materiais importados de excelente qualidade, permitindo alto grau de confiabilidade e segurança.


O Banco de Sangue de São Paulo

O Banco de Sangue de São Paulo é uma empresa tradicional, que presta serviços de hemoterapia e imunohematologia há mais de 50 anos, tendo sido pioneiro na implantação de uma série de avanços tecnológicos nestas especialidades.

O Sistema da Qualidade do Banco de Sangue de São Paulo está de acordo com a norma ISO 9001 e requisitos da ONA (Organização Nacional de Acreditação). Com isso comprovamos que todo o nosso processo, desde a coleta até a transfusão do sangue, segue rigorosamente os padrões de Qualidade, garantindo alto nível de qualidade e segurança. Dessa forma consolidamos ainda mais o Banco de Sangue de São Paulo como entidade voltada para a busca da excelência em sua prestação de serviços.
A Doação de Sangue
"O Banco de Sangue de São Paulo obedece normas nacionais e internacionais de segurança. O seu alto rigor no cumprimento dessas normas visa oferecer proteção ao receptor e ao doador". É nossa responsabilidade garantir a maior segurança possível.
Informações importantes sobre Doação de Sangue
Normas gerais para doação de Sangue
Conforme a Legislação Atual - Resolução - RDC nº 153, de 14 de junho de 2004 -abaixo estão relacionadas as principais causas de inaptidão para a doação de sangue
Idade
Alimentação
Doenças
Principais causas de inaptidão definitiva para doação de sangue
Principais causas de inaptidão temporária para a doação de sangue
Principais Doenças Infecciosas e sua Correlação com a Doação de Sangue
Medicamentos
Principais Medicamentos e sua correlação a Doação de Sangue
Intervalo de doação
Gestação e puerpério
Abortamento
Profissão
Pressão arterial
Peso corporal
História de hemoterapia
Imunização
Principais Vacinas e sua Correlação com a Doação de Sangue
Malária
Álcool
Grupos em situação de risco aumentado
Perda de peso
Cirurgias
Principais cirurgias e sua correlação com a doação de sangue
Fracionamento e transfusão

Informações importantes sobre Doação de Sangue

A quantidade de sangue retirada em cada doação é recuperada rapidamente.
Todo o material utilizado na coleta do sangue é descartável, garantindo a segurança do doador.
Doar sangue não altera a pressão arterial, não engrossa nem modifica o sangue.
O doador não tem nenhuma obrigação de doar sangue novamente. Só faz isso se quiser, com intervalo de aproximadamente 3 meses entre cada doação.
É necessário um documento de identificação com foto emitido por órgão oficial, ou cópia autenticada.
Quer saber mais? veja o site do banco de sangue de São Paulo: http://www.bssp.com.br/