domingo, 11 de outubro de 2009

Entenda um pouco sobre a DOR

Afinal o que é Dor?


A dor é uma sensação muitto desagradável, que normalmente varia desde desconforto leve até um desconfroto mais severo.

A dor está normalmente associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e/ou emocional. É uma resposta que indica e/ou mostra que tem algo de errado com o organismo, é uma indicação que o indivíduo precisa se tratar.

Sendo assim a dor é uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais, e sso ocorre quando acontece algo de errado no organismo, quando o organismo perde a homeostasia.

Existe três tipos de estímulos que podem levar à geração dos potenciais de ação nos axônios.

- As variações mecânicas ou térmicas que irá ativar diretamente as terminações nervosas ou receptores.
- Os fatores químicos que são libertados na área da terminação nervosa, que incluem compostos presentes apenas em células íntegras, e que são libertados para o meio extra-celular
- Os fatores libertados pelas células inflamatórias como a bradicinina, a serotonina, a histamina e algumas enzimas.

A origem da Dor
A origem da dor pode ser central (Sistema nervoso central) ou periférica. Nesta última são encontradas alterações nos distintos subtipos de fibras nervosas, enquanto na dor central as alterações são mais complexas e envolvem vias aferentes, diferentes circuitos cerebrais e a modulação descendente. (Veja a figura)
A fisiologia da condução de um estímulo nervoso envolve quatro componentes funcionais, que podem transformar os sinais de entrada em liberação de neurotransmissores.

O primeiro componente funcional é um sinal de entrada (input) que, após fazer contato com um receptor dendrítico com suficiente intensidade, induz a geração de um potencial receptor, o que transforma um estímulo sensitivo doloroso em sinal elétrico local.
O segundo componente funcional é o sinal de integração. Como o potencial receptor local não pode por si gerar um potencial de ação, deve ser modificado por uma transmissão ativa adicional. Caso os
potenciais do receptor desenvolvam uma soma integrada suficientemente excitatória, será iniciado o potencial de ação. Caso não se gere esse potencial de ação, o sinal de entrada se dissipa sem que haja resposta perceptível.
O terceiro componente funcional da condução nervosa é a propagação continuada d potencial de ação para a medula espinhal. O axônio nervoso é o componente anatômico do sistema nervoso responsável pela propagação do potencial de ação. A lesão traumática do axônio é comum, devido à fia freqüentemente longa e tortuosa até a medula espinhal, que torna o axônio vulnerável a uma lesão.
O quarto componente funcional é a ascenção do estímulo às estruturas do sistema nervoso central. O corno dorsal é a região da medula espinhal cujo propósito principal é receber o estímulo aferente (que chega da região da lesão), modifica o sinal de entrada de acordo com as influências descendentes dos centros cerebrais superiores e liberar a
informação resultante aos centros cerebrais superiores para continuar o processo de compreensão da dor e do local de lesão.
Mesmo admitindo-se que a percepção da dor é igual em pessoas sadias, alguns fatores têm influência definida sobre o limiar de dor de cada indivíduo.
Estados emocionais - O limiar depende em grande parte da atitude do paciente frente ao procedimento do operador e ao ambiente. Em regra geral, pacientes emocionalmente instáveis têm baixos limiares. Pessoas muito preocupadas, mesmo que suas preocupações não estejam relacionadas com seu problema odontológico, tem seu limiar de dor diminuído.
Fadiga - É fator de grande importância para o limiar de dor. Os pacientes descansados e que tenham dormido bem antes de uma experiência desagradável têm um limiar de dor muito mais alto que outros, fatigados e com sono. É essencial que uma boa noite de sono preceda o tratamento.
Idade - Os adultos tendem a tolerar mais a dor, apresentando portanto limiar mais alto que os jovens e as crianças. Talvez a compreensão que experiências desagradáveis são parte da vida influam na pessoa. Nos casos de senilidade a percepção da dor pode apresentar-se alterada.
Raça - As raças que apresentam indivíduos mais emotivos como os latino-americanos e os europeus meridionais têm limiar mais baixo que os norte-americanos e europeus setentrionais.
Sexo - O homem tem limiar mais alto que a mulher. Isso talvez reflita o desejo do homem de manter sua impressão de superioridade, fazendo esforço maior para tolerar a dor.
Medo - O limiar diminui à medida que o temor aumenta. Os pacientes medrosos e apreensivos tendem a aumentar exageradamente sua expectativa negativa. Esses pacientes são hiperreativos e tornam a dor fora de proporção em relação ao estímulo que a causou. É essencial que o operador adquira a confiança do paciente para levar o tratamento a bom termo.

Entenda mais sobre a neurofisiologia da Dor com a Drª Shirley de Campos: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias.php?noticiaid=10508&assunto=Neurologia/Neuroci%C3%AAncias

Visite o site da Sociedade Brasileira da Dor: http://www.dor.org.br/index.asp

Um comentário:

Joel S. Teixeira disse...

Muito interessante todas as matérias do seu blog, sou leitor assíduo dele, quero lembrar tambem que eu recomendo a todos os meus amigos, eu copiei um dos posts seu, mas eu deixei um link que direciona a tua página e citei a fonte, se você encontrar qualquer coisa que te desagrade é só me avisar que eu arrumo ou retiro, enfim estou a sua disposiçao, um grande beijo e continue assim, sempre muito inspirada e criativa, que o final desse caminho só pode ser o sucesso, que é seu por merecimento.